Dia da 25 de Fevereiro - Dia internacional do implante coclear

 

Dia 25 de fevereiro comemora-se o Dia Internacional do Implante Coclear, e o Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (Hucam-Ufes) celebra seu 50º paciente que recuperou a a audição depois do procedimento.
O serviço que é de alta complexidade  envolve áreas especializadas e tecnologia de ponta é ofertado pelo Programa de Implante Coclear do Hucam-Ufes, da Rede Ebserh, e atende tanto crianças que nunca ouviram a adultos que perderam a audição durante a vida.

O Implante Coclear (IC) é uma prótese diferente dos demais aparelhos auditivos. Uma de suas partes (feixe de eletrodos) é implantada cirurgicamente dentro da cóclea, que fica no ouvido interno do paciente. A outra parte do Implante Coclear fica ao redor da orelha da pessoa e é composta pela antena e pelo processador de fala.

O objetivo do IC é transformar os sons em estímulos elétricos que são levados para o nervo auditivo, causando a sensação auditiva no paciente. A pessoa implantada, depois de um tempo de readaptação ou reabilitação, consegue perceber os sons, inclusive o da fala humana.

Como ter acesso ao programa

Os pacientes atendidos pelo programa são 100% regulados pelos SUS e encaminhados pelos centros de referência em saúde auditiva do Estado. Para isto o usuário deve procurar a unidade de saúde que fará avaliação da necessidade e encaminhamento. Em média, três novos pacientes são integrados por semana ao programa, que tem cogestão do Departamento de Fonoaudiologia da Ufes.

“É uma nova esperança para o paciente. Aqueles que já ouviram e perderam a audição tiveram uma grande limitação social, no trabalho, de comunicação, e depois da cirurgia foram re integrados a sua rotina de escuta. Quanto às crianças, o acesso a audição o quanto antes vai permitir que elas desenvolvam aspectos da linguagem oral e habilidades auditivas próximo aos seus pares. Na verdade, os resultados do implante coclear em crianças  constitui-se em um processo multifatorial que ocorre, basicamente, em três fases distintas: na avaliação pré-cirúrgica, no ato cirúrgico e no acompanhamento. ", resume a coordenadora do programa, a fonoaudióloga Dra Carmen Barreira Nielsen.

Os atendimentos aos candidatos à cirurgia são realizados por uma equipe composta por profissionais da fonoaudiologia, serviço social, psicologia, neuropediatria, otorrinolaringologia e enfermagem e todos os procedimentos são previstos nas Diretrizes Gerais para a Atenção Especializada às Pessoas com Deficiência Auditiva no Sistema Único de Saúde (SUS) - Portaria GM/MS nº 2.776, de 18 de dezembro de 2014.

A seleção desses pacientes se dá após a realização de todas as avaliações, verificando assim se o paciente se enquadra ou não nos pré-requisitos impostos para candidato ao implante segundo a portaria (idade, condições audiológicas, anatômicas, psicológicas e social). O critério inicial é ter deficiência auditiva neurossensorial bilateral severa ou profunda, não ter benefício com aparelhos auditivos convencionais e condições biopsicossociais adequadas para a realização do procedimento. 
O implante em si é uma das etapas do tratamento. Após a cirurgia, é garantido ao paciente acompanhamento para realização de revisões no aparelho. É fundamental que o paciente implantado dê continuidade à terapia para reabilitação auditiva.

Autor:Duilio Victor Ferreira Junior

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